Modos para lidar com problemas e desafios

Atualizado em 17/05/2016
Por Carlos Lima

Modos para lidar com problemas e desafios

Atualizado em 17/05/2016
Por Carlos Lima

Cada vez fica mais óbvio que o processo de crescimento é um desafio. Aprender dá trabalho, expertise exige esforço, sair da zona de conforto demanda decisão. Pois bem, a vida está aí, estirada à sua frente, e o modo como você vai escolher lidar com ela, depende unicamente de você. A seguir descreveremos seis modos para lidar com desafios, aprendizados, crescimento, tomada de decisões, enfim, enfrentar situações problema. Todos eles facilmente identificáveis.

Primeiro modo: Fugir dos problemas

É um comportamento que, assim que se percebe diante de uma situação problema, a pessoa se afasta, nega que aquilo esteja ali, sai mais cedo, chega mais tarde, tem sempre uma desculpa de outros compromissos, abandona responsabilidades e então os problemas podem se acumular. Há duas conseqüências graves nesta postura: a primeira é sobrecarregar o time, alguém assumindo a solução no lugar do “fugitivo”; a segunda ainda é pior, para a pessoa e para o grupo, com o acúmulo e a persistência em se afastar dos problemas, a pessoa cria comportamentos de risco, o mais notório é a dependência química. O sujeito se “embriaga” para não ter que pensar naquilo e passa a fazê-lo cada vez mais freqüentemente, criando um ciclo vicioso, se afastando cada vez mais das responsabilidades.

Segundo modo: Contornar os problemas

É um comportamento “manso”. A pessoa percebe que ali ou naquele contexto, há um problema e passa meio que “de fininho” pelos lados, isto pode ocorrer fisicamente ou por argumentação. O sujeito sabe que em determinada área há algo para ser resolvido, e ele simplesmente não vai lá, freqüenta todos os setores da empresa, exceto aquele, e quando vai, tem uma queixa qualquer ao respeito de outras coisas que precisa fazer. A principal conseqüência deste comportamento é a estagnação, do sujeito e dos resultados. A pessoa coloca-se sempre ocupada demais para absorver mais alguma coisa.

Terceiro modo: Analisar o problema para encontrar os culpados

Comportamento vasculhador, a pessoa se propõe a entender tudo sobre o problema, pergunta, investiga, descreve, narra os fatos longamente, faz gestos, caras e do que mais se ocupa é em encontrar o culpado. A primeira e às vezes insistente pergunta é ; Quem fez? Se é importante identificar responsáveis? Claro que é! Ocorre que isto somente não basta. Uma coisa é encontrar o responsável, para ajudá-lo a aprender com o erro e evoluir, outra coisa é encontrar o responsável simplesmente para ter a quem culpar. Os desdobramentos deste comportamento são altamente comprometedores, as pessoas que trabalham com quem faz isto, ficam tensas, acuadas, começam a mentir, a se esconder, e as soluções ficam retardadas, o grupo não cresce e conseqüentemente os resultados não aparecem.

Quarto modo: Brigar com os problemas

É um comportamento nada discreto. O sujeito grita, bate na mesa, anda de um lado para o outro, algumas vezes até, se descabela. Faz todo mundo ter ciência do problema, mesmo os que não tem como intervir. Gasta-se grande quantidade de energia sem foco, apenas brigar com a situação, e ela fica lá, quietinha, à espera de uma solução. É impressionante, depois de muito brigar e gritar, vem a calmaria, algumas vezes a solução e um cansaço do time, como se todos tivessem sido “atropelados”, ninguém consegue produzir adequadamente e os resultados caem assustadoramente.

Quinto modo: Sofrer com os problemas

Honestamente, ninguém merece conviver com reclamações de sofrimento diante de problemas. As pessoas quando adotam este comportamento, têm um único assunto: o problema. Reclamam, chegam a chorar, demonstram irritação, dizem que não tem jeito, contam a mesma história várias vezes, para várias pessoas, ficam cabisbaixas, depressivas, qualquer outro problema é menor que o delas, contaminam a equipe, angariam pena de alguns, desprezo de outros, irritação e morosidade de todos. O comprometimento dos resultados é impressionante, principalmente quando o que sofre com os problemas o faz freqüentemente. As pessoas do time tendem a se afastar, dificilmente procuram o sofredor para novos desafios.

Sexto modo: Assumir os problemas

Este sim, nos impulsiona. A pessoa quando fala dos problemas o faz com naturalidade e a consciência que algo pode ser feito. De forma discreta parte para a solução, quando precisa de ajuda convoca as pessoas sem alardes, entende o desafio como oportunidade de crescimento. Somente comenta as questões com quem pode ajudar de alguma forma, ou quando o faz com outros é para explicitar uma experiência que viveu , que solucionou e a forma como foi feito. Seu foco é gerar aprendizados, fazer trocas e gerar crescimento e resultados.

Carlos Lima, aqui no Blog.
Médico pela UFMG (1984), especialista em Psicoterapias Breves, Hipnose Ericksoniana, mais de 7400 pessoas atendidas em consultório, em pelo menos 50 mil horas de trabalho. Trainer in NLP (Neurolinguistic Programming), tendo ministrado mais de 20.000 entre palestras e treinamentos comportamentais em mais de 250 empresas de diversos portes e áreas de atuação.

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