Sobre rótulos e educação.

Atualizado em 17/02/2017
Por Carlos Lima

Sobre rótulos e educação.

Atualizado em 17/02/2017
Por Carlos Lima

Na minha rotina profissional me preocupo e ocupo em ajudar pais, mães e educadores a entenderem os riscos para a integridade emocional de seus filhos e educandos quando usam rótulos para designar e descrever alguma dificuldade deste educando.
Além de constrangimento, muitas vezes ocorre humilhação e perda de confiança na própria competência desta criança com desdobramentos que podem ser desastrosos na vida deste indivíduo. Como forma de impactar sobre a percepção dos riscos destes rótulos, costumo argumentar de forma provocativa antes de explicitar os riscos e oferecer alternativas de abordagens mais adequadas.
Abaixo uma lista de afirmações que ouço e algumas provocações que faço e outras que tenho muita vontade de fazer. Espero que funcione como alerta. Onde se lê filho, pode se ler filha, aluno, neto, neta…
– Meu filho é muito mal educado.
– Quem educa mesmo?

– Meu filho é ansioso (ou tímido, ou…).
– Os meus são Gustavo e Raquel.

– Meu filho é encapetado.
– Chama um padre.

– Meu filho é uma peste.
– Resolve isto com a Vigilância Sanitária.

– Ele é meio burro.
– A outra metade?

– Não aguento meu filho.
– Põe na fila para adoção.

– Ele só existe para atrapalhar minha vida.
– Eficiente né?

– Não aprende nada.
– Não é melhor mudar quem está ensinando?

– Como eu faço para um porquinho tomar banho?
– Contrata um ser humano!

– Só escuta quando eu grito.
– Leva num Otorrino.

Claro que escuto muito mais coisas. Felizmente na quase totalidade das vezes o óbvio da resposta causa impacto no educador e propicia ótimos papos sobre abordagens que possibilitem criar pessoas mais confiantes, livres e emocionalmente integras.
Conversar, oferecer disponibilidade, ouvir com atenção e de forma receptiva, olhos nos olhos, respeitar sofrimentos e dificuldades, acreditar sempre que este educando como todo ser humano tem todos os recursos para produzir qualidade de vida.
Considere tudo isto, a não ser que você tenha planos desastrosos para seus educandos.

Carlos Lima, aqui no Blog.
Médico pela UFMG (1984), especialista em Psicoterapias Breves, Hipnose Ericksoniana, mais de 7400 pessoas atendidas em consultório, em pelo menos 50 mil horas de trabalho. Trainer in NLP (Neurolinguistic Programming), tendo ministrado mais de 20.000 entre palestras e treinamentos comportamentais em mais de 250 empresas de diversos portes e áreas de atuação.

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