Responsabilidade e motivação

Atualizado em 06/12/2018
Por Carlos Lima

Responsabilidade e motivação

Atualizado em 06/12/2018
Por Carlos Lima

Há algum tempo, cheguei ao trabalho e observei que minha impressora tinha ficado ligada a noite toda, minha secretária estava em férias e havia uma substituta no lugar dela. Procurei a pessoa e perguntei o que havia acontecido, ela com tranqüilidade me disse que não sabia que era necessário desligar a impressora. Expliquei que sim, a impressora deveria ser desligada todas as noites.

No dia seguinte o fato se repetiu, impressora ligada, novamente em conversa com a pessoa ela me disse que não sabia como faze-lo. Expliquei como fazia para desligar, ótimo!

Terceiro dia, tudo se repete, ela então me disse que não sabia quem deveria desligar a impressora.

É lógico que esta é uma história fictícia, apenas para ilustrar um conceito. Digo que responsabilidade é o mesmo que “responder com habilidade”, simples, não?

Para que possamos assumir responsabilidade sobre algo é imprescindível que saibamos que aquilo é necessário, que tenhamos habilidade para faze-lo e que aquilo é nosso dever.

Muito cuidado ao concluir que isto é óbvio, não é! As pessoas não são adivinhas, o que é lógico para uns pode não ser para outros. A grande maioria dos conflitos se deve a falta de comunicação.

Venho observando com muito pesar que as pessoas acusam umas às outras de irresponsáveis, dupla injustiça, primeira porque sabemos que não existem seres irresponsáveis e sim comportamentos irresponsáveis, segundo porque se a pessoa não conceitua, não tem porque agir. Pense nisto.

Existe um tripé que sustenta a responsabilidade, e a falta de qualquer um destes pés, isenta a pessoa de assumir esta tarefa:

– Necessidade: saber que aquilo é necessário;

– Habilidade: saber como fazê-lo;

– Dever: saber quem deve fazer o que.

Somente podemos dizer que alguém está fazendo um comportamento irresponsável, se esta pessoa souber estas três informações e não cumprir. Ainda assim, isto não dá o direito a quem quer que seja de ser agressivo com o deslize do outro. A alma humana é extremamente sofisticada e vários fatores podem interferir para comportamentos irresponsáveis, inclusive o medo de errar e ser punido, com castigos, repreendas agressivas, humilhações, sarcasmos, exposição do erro.

Muitas vezes ouço dos meus interlocutores que sabem das suas responsabilidades e se vêem desmotivados. A tal da motivação, como se isto fosse um bicho de sete cabeças. É impressionante quando as pessoas não conhecem conceitos, se aventuram em fazer leituras, de um modo geral pessimista e acusatória ao respeito do assunto.

Vamos continuar tendo como base minha experiência em milhares de consultas e em centenas de treinamentos e o que aprendi a este respeito. Para mim, Motivação é o mesmo que “ter um motivo para agir” ou, em outras palavras, “motivo para a ação”. Fica bem mais suave, compreensível, abordável, exequível, confortável.

Quem nunca teve uma gaveta desarrumada em casa ou no trabalho, ou deixou de lavar o carro, ou atrasou a entrega de um trabalho simples, ou se desesperou diante do volume a ser estudado para uma prova, aprendizado de um idioma, e muitos outros compromissos, de diversos portes?

Pois bem, em medicina dizemos que inimigo conhecido é inimigo morto, ou de uma outra forma se eu conceituo, eu ajo, ou não!

Da mesma forma que responsabilidade é um tripé, motivação também. Vamos a ele.

– Necessidade: sei que é necessário;

– Habilidade: sei fazer;

– Dificuldade: a tarefa não é nem muito fácil, nem muito difícil, tem um grau estimulante de dificuldade.

Portanto, a partir de agora, todas as vezes que você se pegar desmotivado faça-se estas três perguntas: isto é necessário? Tenho habilidade para fazer isto? É o grau de dificuldade desafiador ou ela é muito fácil ou muito difícil? Se uma ou mais respostas for positiva está explicada sua falta de motivação. Então interfira, aja, na direção de motivar-se.

Nos exemplos anteriores, imagine que arrumar uma gaveta pode não ser necessário, além de ser algo simples demais, pois bem, crie uma necessidade, localizar mais facilmente os objetos e aumente a dificuldade, sobrar espaço.

Imagine então aprender um idioma, é necessário, você tem habilidade, só que é uma tarefa grande demais. Simples, fracione o objetivo, use determinação, primeiro ir a um curso especializado, segundo selecionar os dias, terceiro dedicar 20 minutos por dia no aprendizado, e assim por diante.

Como vimos, Responsabilidade e Motivação são “primas irmãs”.

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Carlos Lima, aqui no Blog.
Médico pela UFMG (1984), especialista em Psicoterapias Breves, Hipnose Ericksoniana, mais de 7400 pessoas atendidas em consultório, em pelo menos 50 mil horas de trabalho. Trainer in NLP (Neurolinguistic Programming), tendo ministrado mais de 20.000 entre palestras e treinamentos comportamentais em mais de 250 empresas de diversos portes e áreas de atuação.

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